Seguro de bicicletas: quanto custa e como escolher

A frota nacional de bicicletas supera 70 milhões de unidades, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). E a proteção das bicicletas de maior valor, convencionais e elétricas, tem puxado a demanda por seguros para esse item. Esse tipo de proteção não está atrelado apenas à percepção do risco, em especial roubos. Uma fatia importante dos seguros é usada para a proteção de danos ou quebra em acidentes. Mas quanto pode custar esse produto?

A variação nos custos do seguro de bicicletas podem depender de vários fatores, como o valor contratado, o tipo de bicicleta e o uso (esporte, lazer, trabalho). Têm apólices para bicicletas novas e outras para usadas e, em alguns casos, podem incluir até proteção internacional. Em geral, um seguro para uma bicicleta com valor contratado de R$ 10 mil, cobrindo contra acidentes, roubo, danos a terceiros e assistência, pode chegar a ter um custo médio de R$ 800 por ano. Ou seja, um custo médio mensal de R$ 66.

Por que investir em um seguro de bicicleta?

De acordo com Rodrigo Del Claro, executivo da Santuu, holding que engloba diferentes serviços voltados para bicicletas com ênfase no seguro, os acidentes são responsáveis por 92% dos sinistros relatados pelos clientes da empresa, enquanto apenas 0,5% dos segurados tiveram suas bicicletas roubadas.

“Não são apenas acidentes graves. Há situações mais simples, como passar em um buraco na rua, esquecer que a bicicleta está no rack do teto do carro e entrar na garagem, treinar em percursos irregulares, cair em um momento de distração e tantos outros”, cita.

Para adquirir um seguro, é necessário checar junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é a autarquia que regula o mercado de seguros no Brasil, as empresas autorizadas a comercializar a cobertura. De acordo com a classificação oficial, as bicicletas se enquadram na categoria de “seguro de riscos diversos”.

Na hora de escolher um seguro, Del Claro sugere alguns passos para avaliar o produto. Tudo começa com a definição de qual é o objetivo principal de uso da bicicleta e a definição de quais são os objetivos do seguro.

Com isso claro, ater-se a quais coberturas estão incluídas no seguro. E se o produto é válido para o seu tipo de bicicleta, já que nem todos oferecem cobertura para equipamentos usados. Note também se há exceções, exclusões e regras específicas que podem impedir o cliente de acionar o seguro.

Del Claro destaca que grande parte das seguradoras oferece dinheiro como opção de indenização. Outras seguradoras fazem a indenização com reposição por bicicletas novas iguais ou similares, ou por peças novas, no caso de danos parciais. Isso também precisa ser observado.

Sobre franquia, o executivo da Santuu ressalta que é preciso atenção ao observar a relação porcentagem da franquia x valor mínimo do dano. “Comparar apenas a porcentagem do valor a ser pago para o seguro não é um bom critério de escolha”, diz.

Outro ponto que pode pesar na escolha é avaliar se o seguro oferece benefícios agregados. “Resumindo: leia tudo, analise bem, faça contas e escolha com confiança a seguradora que melhor garante a proteção da sua bike”, sinaliza o executivo.

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